SINOPSE
Kestrel quer ser dona do próprio destino. Alistar-se no
Exército ou casar-se não fazem parte dos seus planos. Contrariando as vontades
do pai - o poderoso general de Valória, reconhecido por liderar batalhas e
conquistar outros povos -, a jovem insiste em sua rebeldia. Ironicamente, na
busca pela própria liberdade, Kestrel acaba comprando um escravo em um leilão.
O valor da compra chega a ser escandaloso, e mal sabe ela que esse ato
impensado lhe custará muito mais do que moedas valorianas.
O mistério em torno
do escravo é hipnotizante. Os olhos de Arin escondem segredos profundos que,
aos poucos, começam a emergir, mas há sempre algo que impede Kestrel de
tocá-los. Dois povos inimigos, a guerra iminente e uma atração proibida... As
origens que separam Kestrel de Arin são as mesmas que os obrigarão a lutarem
juntos, mas por razões opostas. A Maldição do Vencedor é um verdadeiro triunfo
lírico no universo das narrativas fantásticas. Com sua escrita poderosa, Marie
Rutkoski constrói um épico de beleza indômita. Em um mundo dividido entre o
desejo e a escolha, o dominador e o dominado, a razão e a emoção, de que lado
você permanecerá?
"- A maldição do vencedor é quando você vence as ofertas, mas só pagando um preço muito exorbitante."
Minhas considerações
"- Os herranis foram escravizados porque eram muito ruins em matar e muito covardes para morrer. Eu falei que não queria matar, não que jamais mataria. E nunca disse que tinha medo da morte."
E sempre bom encontrar leituras que nos surpreendam, nos
tirem de nossa zona de conforto e nos façam seguir em frente. Quando comecei A
maldição do vencedor, eu sabia que seria um bom livro. Apesar de alguns pesares
depois do início, a história se reergueu e me mostrou que a minha impressão
inicial estava correta. Realmente foi um bom livro.
"A felicidade depende de ser livre, e a liberdade depende de ter coragem."
O universo distópico criado por Marie merece ser amplamente
aplaudido. Aqui não temos belas histórias onde o amor é o único foco entre os
personagens. Pelo contrario, temos um mundo divido por guerras e escravidão, banhado
em um grande jogo político de poder. De um lado a garota do povo conquistador,
e de outro o garoto do povo conquistado.
Kestrel uma valoriana que é um exemplo do que é força e determinação.
Uma estrategista fria e calculista, mas que jamais deixa de ouvir a voz do
coração. Me apeguei demais a essa personagem e mal posso esperar para saber
quais serão as artimanhas que ela usará
no decorrer da trilogia.
"Ele conhecia a lei das coisas: pessoas em lugares muito iluminados não são capazes de ver nas trevas."
Arin um escravo herrani que encantou o meu coração. Em
momento algum me vi contra ele ou contra suas ações. Colocando-me em seu lugar,
cheguei a conclusão que tomaria as mesmas decisões que ele. Afinal, cada um
luta pelo seu povo da melhor forma que conseguir.
"Ele a viu. Ela sabia que ele a viu. Mas seus olhos se recusaram a vê-la. Era como se ela fosse transparente. Como o gelo, ou vidro, ou algo igualmente frágil."
E mesmo com vidas tão diferentes, Kestrel e Arin se envolvem
em um sentimento forte. E nessa parte eu me lembrei de Romeu e Julieta, dois
corações que se apaixonam, mas não podem viver esse amor. Espero de coração que
o final da trilogia dê um desfecho digno para os dois por favor haha.
Essa foi a primeira leitura das meninas do Vale do Aço Literário.
Detalhes
Páginas: 328
Ano: 2016
Editora: Plataforma21
Nota: 4/5
Skoob
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