SINOPSE
João Pedro e Bia se conheceram aos 14, namoraram sete anos e
há outros sete tentam se esquecer. Um ascendeu na carreira, mudou de cidade e
de nome, e acredita ter deixado os fantasmas para trás. O outro teve que
aprender a viver sem suas memórias, inteiramente apagadas pela queda.
Anos depois Pedro e Bia voltam a se encontrar. Ela procura
emprego na editora onde ele trabalha, sem saber que quem a entrevista é seu
ex-amor. O que deveria ser um encontro hostil torna-se uma série de
mal-entendidos, e eles acabam se reaproximando. Mas como perdoar tudo que
fizeram ao outro, se apenas um deles se lembra dos fatos? Como lidar com
sentimentos que ressurgem desordenados,que nos fazem questionar quanto de nossa
essência vive a despeito da memória?
MINHAS CONSIDERAÇÕES
Sabe quando um livro te surpreende do inicio ao fim? Quando
você dorme e acorda pensando na história, pensando nos personagens e pensando
em como a autora teve tanta criatividade e sensibilidade para dar vida a uma
narrativa linda? Pois é, isso tudo aconteceu comigo em relação A última peça.
A história me emocionou, sensibilizou e me fez pensar em
como a vida é uma inconstante variável repleta de surpresas e peripécias. A
autora conduziu a narrativa de uma forma bem curiosa. Havia um segredo entre os
personagens, e pelo fato de Bia não possuir suas memórias completas e Pedro sim,
a cada capítulo uma pequena revelação sobre o segredo principal me deixava
louca de ansiedade em desvendar esse livro.
Apesar de a história ser focada em Pedro e Bia, alguns
personagens secundários me arrancaram gargalhadas, gosto disso em uma
narrativa. Sinto que a leitura se torna ainda mais fluida.
A última peça foi um daqueles livros que me trouxeram lições
e ensinamentos que levarei para a vida inteira. Aprendi que o amor verdadeiro consegue
passar por cima de todas as adversidades da vida, e que o perdão é o sentimento
mais puro do mundo.
Fiz essa leitura com a minha amiga Ju do Ig @continuarlendo, e agradeço a ela por me motivar a ler esse livro.
QUOTES
“- Sempre está na nossa cabeça – digo como se dissesse
aquilo para mim. – Nossas limitações físicas, nossas limitações emocionais,
nossas lembranças e memórias. Não lute contra elas. Deixe o passado voltar.”
“Todos passamos em um momento ou outro por períodos de
depressão. De mania, de falta de concentração, de crises pessoais ou dor. É um
golpe sujo nos livrar de alguém quando este mais precisa de apoio.”
“Amor não sacia. Ao contrario de comida, não enjoa.
Inventamos desculpas para continuar recebendo. Mendigamos e imploramos de
joelhos por mais. Este é o famoso cinismo do viciado: só mais uma vez.”
“Lembro dessa canção antiga, que falava sobre essa crença de
que há para duas pessoas que se amam um destino. E por muito tempo achei que
isso não existia, que somos uma coisa depois da outra, nada maior nem especial.
O que ninguém me avisou é que, se pensar assim, você não pode olhar para trás.
E se olhar para trás, não demore a virar de volta. Não há crença no acaso
quando, ao olhar para o passado, você enxerga quem um dia amou acenando com
saudades.”
“Não existe nem existirá momento na sua história mais
aterrorizante que saltar no vazio na esperança de que algo tão etéreo como o
amor vá te segurar. O que acontecerá com você depois do pulo não está
exatamente nas suas mãos. Está nas mãos das estrelas, do acaso, na inevitável
sucessão de eventos desencadeados por um arbítrio não-tão-livre-assim.”
Detalhes
Páginas: 239
Ano: 2016
Skoob
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